Amigos
Como já era aguardado, visto o estado de saúde que estava se agravando e também suas idas a vindas da Apple, empresa que fundou com o amigo Steve Wozniak, Steve Jobs nos deu o seu adeus no dia de ontem, 5 de outubro de 2011, uma quarta- feira, aos 56 anos de idade.
Gostaria de expressar aqui meu mais sincero pesar pelo seu falecimento.
Venho aqui expressar minha opinião e minha visão do que foi Steve Jobs, não só para aqueles, que como eu, são aficcionados pela área de computação e informática, mas para o mundo, visto que o toque de Steve abarcou, abarca e abarcará a todos, independente da pessoa gostar ou não de computadores.
Eu frequentava bastante a Biblioteca Municipal de Sorocaba no começo dos anos 80, quando estava na minha adolescência. A Biblioteca ficava na rua da Penha, e meu primeiro contato com a importância da empresa Apple foi através de uma revista de 1983 chamada Micro & Vídeo, que li numa dessas visitas.
E é aí que entra Steve Jobs.
Acompanho a carreira de Steve desde os primórdios, quando o Apple ainda era um desses computadores no meio de tantos outros.
Como Jobs e Wozniak conseguiram fazer com que o computador que eles inventaram se tornasse o sucesso que foi?
Duas palavras: oportunidade e competência.
Oportunidade porque eles estavam na hora certa, no lugar certo. Competência porque Jobs era quem ditava as regras na Apple e Wozniak era o cérebro por trás da empresa.
O sucesso do Apple foi estrondoso. Mesmo a IBM, que era a grande empresa de computadores de grande porte por excelência, foi obrigada a colocar no mercado o seu computador pessoal, se unindo a MicroSoft de Bill Gates, que cedeu o sistema operacional que fazia o PC da IBM funcionar.
Jobs sempre foi um visionário – aquele que empurra as pessoas ao máximo, que quer o melhor dos que estão a seu lado. Não via computadores como meros aparelhos eletrônicos – ele queria também a poesia e o lirismo. Não queria simplesmente peças que se encaixam e que são ligados a uma tomada – queria o sonho e a fantasia. Por esse motivo ele muitas vezes não foi compreendido. Ele próprio tinha seus problemas pessoais. Foi adotado ainda bebê e só nos últimos tempos de vida conheceu sua verdadeira história. Se envolveu com drogas quando jovem e levava uma vida atormentada. Teve uma filha a qual negou durante muito tempo. Nem tudo foram flores em sua vida...
A empresa a qual fundou cresceu, deu frutos, se tornou um sucesso... e quando a empresa estava no alto ele foi demitido por aqueles que contratou...
Ficou na sombra durante algum tempo e deu a volta por cima. Comprou a Pixar e produziu o sucesso Toy Story, primeiro filme de animação gráfica (os filmes Vida de Inseto e Monstros SA também têm sua assinatura).
Voltou para a Apple em 1996 e a empresa tomou um outro fôlego: sua visão do que é a computação está por trás de cada um dos produtos de sucesso que a Apple ostenta, e que não são poucos. Entre os mais produtos mais famosos, temos: Apple II, Macintosh, iMac, iPod, iPhone e o mais atual, o iPad.
E porquê isso? Porque, antes de tudo, Steve teve VISÃO. Como já foi dito, ele enxergava além do hardware que temos em mãos, seja ele um celular, um laptop ou um computador. Ele desejava que aquilo fosse uma “experiência”.
A sua visão de mundo e a forma como enxergava os computadores estava além da tecnologia. Steve é um homem de sonhos. Seu legado está marcado para sempre na História. Para aqueles que vivem o momento de agora talvez ele seja apenas o pai do iPad ou do iPhone, mas ele é muito mais...
Ele é o pai daquilo que é Belo – a mistura perfeita da tecnologia e do sonho, daquilo que é palpável e do que é imaterial.
Ele vai ser lembrado como uma das pessoas mais influentes desse século. Os produtos baseados em sua filosofia darão frutos – muitos frutos.
Descanse em paz Steve
Tenha a certeza de que seu legado não será esquecido
Paulo Henrique Rodrigues
